quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Aprendendo a voar


Learning to fly (por Ploop26)


"Não solta, não solta! Eu tenho medo." disse ela tremendo-se de medo.
"Ah deixa de ser bobona reprimida. Não tá vendo que isso é um mundo mágico? Claro que a gente não vai cair."

"Mas, mas..."
"Ora vamos, aproveita o vento. Olha só que lindas aquelas florzinhas e aquela árvore que eu plantei pra você com a minha imaginação!" 

"São tão lindas. Exatamente como eu sempre sonhei e quis!" disse ela com o coraçãozinho explodindo de alegria.

E eles pedalaram por horas naquela bicicleta voadora, no mundo cor de rosa que ele tinha feito com a imaginação só pra ela, só pra eles.

Finalmente ele encontrara a cura para a tristeza dela. Finalmente depois de meses buscando incansavelmente, ele encontrara o sorriso que ela havia perdido.

E ela o amava por isso, e amaria por todo sempre... Sempre e mais seis meses.


(Micro-conto originalmente escrito em 25/09/2008)

terça-feira, 27 de novembro de 2012

A Manga e a Manhã de Sol - Parte 11


- É... é...é... Helena... Eu... Eu... Euqueriatechamarprasair.
- Ahn?
- Eu... Queria te chamar pra sair. A gente até hoje só se encontra por acaso em lugares meio nada a ver, pensei que seria legal te chamar pra sair, mas se você estiver ocupada, ou não estiver afim... Tudo bem... Fica pra outra vez.
- Não, não... Quer dizer... Sim, vamos sim! Eu adoraria! E então, alguma ideia de onde podemos ir?!
- Então, abriu uma nova galeria de arte, e eu to querendo ir lá tem uns dias... Você gostaria de ir comigo? Depois podemos tomar um café, ou ir a um restaurante, sei lá...
- Uau! Amei... Combinado!
- Nos encontramos no mesmo ponto de ônibus de sempre? perguntou Sam ansioso.
- Claro! Te espero às 18h lá... Tá bom esse horário pra você?
- Perfeito!

Todo o cansaço do trabalho foi embora no exato instante em que Helena aceitou sair com ele, correu em direção ao guarda roupa, tentando achar uma roupa mais apresentável, nada estava à altura de Helena para ele, mas se a havia conquistado mesmo com aquelas roupas velhas... Ela não devia ligar muito pra isso...

Enquanto isso Helena correu para o chuveiro, lavou os cabelos pacientemente, colocou um vestido soltinho florido, deixou secar naturalmente os cabelos, distraidamente passou perfume e um brilhinho nos lábios... Estava pronta. E ansiosa.

Não demorou muito pros dois se encontrarem no ponto de ônibus.

Sam estava extasiado com a beleza de Helena, nem mesmo em um milhão de anos veria alguém tão bela quanto ela, ou tão... Helena.

- Você está... Linda! disse embriagado pela beleza dela.
Ela corou... tentou esconder um sorrisinho... Obrigada Sam, você também está lindo.

O caminho até a galeria foi meio silencioso, apesar de já terem até se beijado, ainda havia certa timidez entre os dois.

- Nossa essa mistura de fotografia com quadrinhos é um máximo você numa acha Helena? disse Sam com os olhinhos brilhando.
- É são realmente incríveis! Queria saber fazer algo assim!
- Posso te ensinar um pouco do que sei se você quiser...
- Você faria isso? Jura? disse Helena empolgadíssima.
- Claro que eu faria linda! Juro! E só então se deu conta de que a havia chamado de linda... E ficou tímido...

Mais uma vez tudo virou silêncio e sorrisos contidos...

Ao saírem da galeria mais uma vez estava chovendo...
- Ai ai a gente é um daqueles casais que só se faz chover mesmo né?! disse Sam.
- Estou começando a acreditar nisso... Mas veja pelo lado bom... Olha como ficam bonitos os paralelepípedos molhados sob as luzes dos postes.
- Tem razão, faz a noite ficar mágica.

CONTINUA...

segunda-feira, 19 de novembro de 2012

A Manga e a Manhã de Sol - Parte 10


"Cara, que loucura!", pensava Sam enquanto corria pela calçada, "Não acredito que eu fiz aquilo! Roubei um beijo de uma garota que mal me conhecia, e ela levou numa boa! E se ela chamasse a polícia, e me acusasse de abuso sexual? Cara, eu me arrisquei demais! Mas foi bom PRA CARALHO! É o melhor dia da minha vida, sem dúvida O MELHOR!"

- HAHAHA!! O MELHOR!

Uma senhora passou bem ao lado dele e o olhou assustada.

- Sim, eu sou louco mesmo, minha senhora! LOUCO DE AMOR!

Ela seu um sorrisinho meio nervoso, e seguiu seu caminho, olhando-o com desconfiança.

- Agora eu enlouqueci de vez... Melhor eu me conter... Ah, que se foda! Eu tô feliz hoje! Tenho mais é que aproveitar!

"Mas, cara, o que foi aquilo afinal? Mais parecia um sonho do que a vida real! Quando é que duas pessoas atarefadas param tudo que estão fazendo, sentam no meio de uma calçada movimentada, pra jogar conversa fora e se beijarem?!"

- Sam, tem horas que você é chato pra burro! - disse em voz alta pra si mesmo - Vê se pára de racionalizar tudo!

"Algumas coisas simplesmente acontecem", continuou em pensamento. "Ela tá caidinha por você, e você por ela, e isto estava evidente desde o primeiro encontro. Você só não notou porque estava hipnotizado por ela. E, pôxa!, vocês ficaram 2 semanas sem se verem!"

- Mesmo assim, foi louco demais - falou de novo, agora com a voz mais baixa - Não conversamos nem meia hora da primeira vez, e de repente ela aceita numa boa aquele beijo. Sério que eu não tô sonhando?
- Hein? - disse um rapaz que passava ao seu lado.
- Nada não. É comigo.
- Cada louco que me aparece... - o rapaz resmungou, e seguiu seu caminho.
- Ok, vamos trabalhar agora, que a vida não é só diversão.

Sam trabalhou distraído o dia inteiro, e mal sentiu o tempo passar. Chegando em casa no final do dia, foi logo se enfiando no chuveiro, tomou um banho rápido, e pegou o telefone. Preciso realmente dizer pra quem ele ligou?

- Alô?
- Ah, oi! Aqui é o Sam. Com quem eu falo?
- Dalva. Com quem você quer falar?
- Aí é da casa da Helena, certo?
- Sim.
- Ela está?
- Só um segundinho que eu vou chamar.
- Obrigado.

(espera)

- Sam?
- Helena!


CONTINUA...

sábado, 17 de novembro de 2012

A Névoa Rósea e o Rapaz Azul

redrum - forgotten scent (de kidchan)


Henelle sentia não existir mais nada neste mundo que valesse a pena. Perdera tudo que tinha algum valor pra ela. Sentia-se abandonada por todos, desprotegida, como se estivesse nua debaixo de uma chuva fria, e tudo que restasse a ela fosse morrer de uma gripe que não tinha a menor vontade de curar.

Era isto que ela sentia quando a atmosfera em torno dela alterou naquela noite, no meio do parque, onde resolveu que ficaria sentada até o amanhecer, sem ceder um só centímetro pra qualquer sonho que tentasse arrebatá-la no meio de um sono que ela se esforçava para não vir.

Tudo assumiu um tom róseo-purpúreo, e do meio daquela névoa de cores mágicas, surgiu o rapaz azul.

Ele ficou olhando-a sem dizer uma só palavra, com um sorriso no rosto que parecia falar tudo que ela queria ouvir, embora não soubesse exatamente o quê.

Só foi capaz de levantar-se daquela grama fria e apática, e aceitar o abraço que o rapaz azul lhe oferecia.

"Vai ser tudo diferente agora, não vai?"

E ele fez que sim com a cabeça.


(mini-conto originalmente escrito em 18/11/08)

segunda-feira, 12 de novembro de 2012

A Manga e a Manhã de Sol - Parte 9


"Smack!" beijo roubado, beijo selinho, beijo com gosto e friozinho na barriga de primeiro beijo, os dois sentiram exatamente o mesmo, era pra ser, estava escrito, Helena era de Sam e Sam era de Helena.

- Caraca, você sentiu isso? Perguntou Helena espantada.
- O friozinho?
- Aham! E sorriu com o sorrisão que preenchia os dias e pensamentos de Sam.
- Puxa foi tão... tão... E ficou mudo tentando encontrar a palavra.
- Assustador?! Disse ela levantando a sobrancelha.
- Sublime!
- Sublime?! Caramba, você realmente foi fundo agora! Taí, sublime, gostei! E sorriu novamente.

Mas por um instante Sam se distraiu a danada tratou de roubar um beijo dele.

- Trata de devolver meu beijo, mocinho! Humpf!
- Mas você é mesmo uma boba né?!
- Eu? Por quê? Só peguei de volta o beijo que você roubou de mim... hehe.
- Helena você realmente pensou em mim esse tempo todo?
- Claro que pensei seu bobo. Por que eu não pensaria?
- Não sei, sou louco, e bobo, e sei lá...
- Deixa de besteira, você não é nada disso, aquele dia no café foi incrível, a gente se entende, eu gosto de conversar com você. E você até me desenhou, acho que isso significa algo não é?!

Ele ficou ali parado olhando pra ela, tentando encontrar as palavras certas, hipnotizado com o sorriso, feliz com o destino que os unira mais uma vez, mesmo que de outra maneira bizarra.

- A gente só se encontra em situações doidas e estranhas né?! Perguntou ele sorridente.
- E que graça tem ser normal? Normal e igual tem de monte nesse mundo! Gosto das coisas serem diferentes com a gente, e sorriu meio sem jeito.
- Tem razão, mas a gente devia... vixe, perae, celular vibrando... Droga, calma...

- Aham entendi, eu sei, eu sei... Calma, estou a caminho Roger, relaxa cara. Tá, tá entendi... Não precisa falar um milhão de vezes... to indo.

- Você precisa ir né?! Disse em voz baixa.
- É acho que se eu não for vou acabar perdendo o emprego, to ficando mestre em me atrasar parece.
- Tudo bem, eu tenho que pagar as minhas contas também senão a minha vó vai encher meus ouvidos quando chegar em casa... hehe.
- Mas antes de ir, você vai me dar seu telefone certo?
- Hmmm, deixe-me pensar... tá bem vai, mas só se eu puder ficar com o desenho.
- Combinado! e abriu um sorrisão daqueles. Posso te ligar pra marcarmos algo um dia desses?
- Você tá me convidando pra sair?! Suas bochechas coraram.
- Hmmm, talvez!
- Agora você está sendo malvado.
- Eu nunca sou malvado, e roubou outro beijo dela e saiu correndo. Sou ladrão dos seus beijos, dos beijos de Helena, gritou de longe e riu.
- A gente se tromba! Gritou ela rindo também.

CONTINUA...

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

O Freio da Terra

Magical (por Ouchyyy)


Tudo que ela queria era que tudo mudasse. Que as probabilidades dessem nós, loopings e mil giros. E foi pensando nesse desejo louco que pegou seu potinho de bijuterias, já arrancando a pequena tampa e lançando tudo no ar.

Ela agora era a fada da última geração de seres mágicos a voar pelo mundo com suas asinhas pequeninas. E aquele bando de estrelas e brilhantes e brincos e anéis era tudo que ela precisava pra jogar nas engrenagens do mundo, e fazer com que todas parassem, e ele interrompesse sua corrida insana e indiferente para ouvi-la, ouvir seus desejos. 

E ela sentiu o mundo parar sob seus pés, como se alguém pisasse no freio da Terra, abriu a janela de seu quarto e viu a vida congelada lá fora, e gritou para o ar parado:

"AGORA QUE EU TENHO SUA ATENÇÃO, VAMOS TER UMA CONVERSA BEM SÉRIA!!!"

E o silêncio do mundo tornou-o totalmente atento a ela, e tiveram uma longa conversa.



(mini-conto originalmente escrito em 24/09/2008)

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Pai

Father winter (por Alexander Forssberg)


Parecia impossível pensar em uma figura tão grande e desajeitada cuidando de dois filhotes. Era difícil reconhece-lo olhando assim de relance, claro que estamos ainda em novembro, e faltam alguns dias para o Natal. Mas quem seria capaz de reconhecer Papai Noel sem suas clássicas vestes vermelha? E quem seria capaz de imaginar essa figura imensa com um par de galhos na cabeça simulando chifres?

- Estão vendo isso tudo à frente de vocês? E apontou em direção a enorme floresta Ártica adiante.

- Logo essa será sua nova casa!

- Ainda me lembro dos seus pais, sabiam? Foram fiéis a mim até o último instante. Por isso prometi a eles que daria uma vida muito melhor a vocês, vocês seriam livres para fazer as próprias escolhas. E um dia quando vocês crescerem vão escolher entre a magia do Natal ou então a vida na natureza, mas até lá, eu estarei aqui com vocês pra tudo que precisarem.

E foi logo tratando de correr, pular, deitar no chão, rolar e brincar com aqueles que agora eram também seus filhos, e que o consideravam o melhor pai humano que um filhote poderia ter.

segunda-feira, 5 de novembro de 2012

A Manga e a Manhã de Sol - Parte 8


... levou um esbarrão. O bloco de desenhos caiu aberto no chão. Ouviu mais algumas coisas caindo, mas nem se deu conta disto. Ficou atordoado por alguns segundos, e depois disse:

- Desculpa. A culpa foi minha. - e depois bem baixo para si mesmo - Onde eu tava com a cabeça pra inventar de olhar praquele desenho bem no meio da..?

Foi aí que Sam ficou mudo. Ali, diante dele, encontrou uma garota ainda tonta por causa do esbarrão, olhando pra baixo, com a mão na cabeça.

- Ei... - disse ela - Essa aí sou eu!

Sam continuava mudo, mal acreditando no que estava vendo, quando Helena virou pra ele. Seu olhar transmitia tudo que era preciso naquele momento, mas ela achou que devia dizer algo pra completar:

- Sam! Oh meu Deus! O que você tá fazendo aqui?
- Eu... tava indo pro trabalho... - ele parecia hipnotizado.

Helena olhou de novo pro bloco de desenho no chão.

- É seu?
- Sim. - olhou pro chão também, e viu diversos papéis que não eram dele espalhados - Oh, desculpa! Deixa eu te ajudar com isto! - e se agachou, começando a pegar os papéis o mais depressa que pôde.

Helena se agachou também, bem ao lado dele, e pegou o bloco. Segurava-o como se fosse um objeto muito valioso e frágil, que a qualquer momento podia se desfazer em suas mãos se não fosse manuseado com todo o cuidado.

- Parece um retrato... - disse ela admirada.

Ouvir a voz dela assim, tão perto dele, deixou Sam arrepiado. Estavam com os rostos distantes um do outro a não mais que dois palmos. "Eu poderia beijá-la agora!"

- Eu... desculpa... - pegou o último pedaço de papel, e depois parou. Ficou ali, petrificado, não conseguindo desviar seus olhos daquele rosto que a ele parecia tão perfeito.
- Foi você que fez? - perguntou Helena.
- Sim, eu...

"Não parei de pensar em você um minuto! Vamos, diga rapaz!"

- Desculpa...
- Desculpa por quê? Eu que tava toda distraída olhando minhas contas, não você. Quase que eu estrago seu desenho.
- Não, não! Você... Eu é que tava distraído olhando o...

"Olhando o desenho que eu fiz porque não conseguia tirar você da cabeça. Anda, cara, desembucha!"

- Esse desenho... a data dele, é do dia que a gente se encontrou! - disse Helena, que não parava de olhá-lo.
- Aham! Eu não parava de pensar em você.

"Isso! Finalmente!"

- Sério?
- Sim, eu vou todos os dias naquele ponto de ônibus. Onde você se meteu afinal?
- Eu tava cuidando da minha avó.
- Ah é? O que aconteceu com ela?
- Ela fez uma cirurgia na perna, e teve que ficar uns dias de repouso. Como sou só eu e ela lá em casa, tive que tirar uns dias pra cuidar dela.
- Espero que ela esteja bem.
- Está sim. Já até voltou a andar. 
- Que bom.
- Ei, me diz uma coisa!
- O quê?
- Por que ainda estamos agachados aqui?

Sam olhou Helena com olhos arregalados, depois pro chão, e depois de volta pra ela, e começou a rir. Ela também.

- Mas a gente pode continuar aqui se preferir. - disse Helena que, para a surpresa de Sam, sentou-se no chão e cruzou as pernas. - Anda, senta aí!

Sam entrou na brincadeira e fez o mesmo.

- Eu também pensei muito em você - ela começou.
- Jura?
- Hm-hum! Aquele dia foi legal.
- Foi sim. Mas você foi muito maldosa comigo.
- Por quê?!
- Só falou seu primeiro nome! Nem o seu telefone você me passou.
- Você não pediu.
- E você teria dado se eu pedisse?
- Hmmm... - fez cara de pensativa - Talvez - e deu aquele sorriso solar do qual sentira tanta falta nas últimas semanas.
- Você É maldosa!
- Só um pouquinho.
- E se a gente não se encontrasse mais?
- Mas nos encontramos, não foi? Não estamos aqui agora, sentados no chão feito loucos?
- Bom, até onde eu sei, eu sou louco.
- Ah é? Então eu tenho que tomar cuidado com você?
- Depende.
- Depende do quê?
- Se você tem medo do meu tipo de loucura.
- E que tipo de loucura é a sua?
- Do tipo que faz um cara espalhar num bloco inteiro desenhos de uma só pessoa.
- E quem seria essa pessoa?
- É você, sua boba!

E sem pensar, nem sequer hesitar, Sam roubou seu primeiro beijo de Helena.

"E a torcida deliiiiira!!!"


CONTINUA ...

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Ladrãozinho

Starcatcher (por Eredel)



"Shhhhh... Silêncio malditos patos! Assim vocês acabarão acordando alguém." sussurrou o pequeno ladrãozinho.

Ele não queria e nem aceitava ser chamado de ladrãozinho, mas era isso que ele era, um ladrãozinho, com a sua varinha de pescar e o seu instinto aventureiro e surrupiador. Dizia ser por amor, mas quem deve decidir isso de verdade é você, caro leitor.

"Estou quase, estou quase, quaaaase... Peguei! É minha, finalmente!" disse aos pulos e contendo-se para que não ser descoberto.

Naquela noite ele roubara pra si a estrela mais brilhante de todo o Lago das Almas. A vira pela primeira vez quando ele ainda era uma pequena estrelinha no lago, e sempre a desejara, ter seu brilho em seus braços e sentir o verdadeiro calor, o brilho de uma verdadeira e majestosa estrela.

Correu em direção a pequena cabana com ela em seus braços, próxima de seu coração, ofegante, temeroso... Correu com toda força de suas pernas, com todo o ar de seus pulmões.

Deitou com ela em sua cama, e ficou ali, aquecido por aquele brilho todo, por todo aquele amor.

Logo ela cresceria e com certeza seria uma linda garota. Uma linda garota apaixonada por um ladrãozinho incrível. Era assim que estava escrito no Livro da Vida, meu caro leitor. Era assim que iria ser.


(micro-conto originalmente escrito em 24/09/2008)